quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DOR DE AMOR

Para quem já derramou muitas lágrimas após o término de um relacionamento ou já passou por pelo menos uma grande decepção amorosa a pergunta a cima é fácil de ser respondida. “Amor, quando não correspondido, dói, e dói muito”, afirma a estudante Caroline Aranha, que assim como outras tantas adolescentes fala sobre suas decepções amorosas em uma das comunidades sobre o assunto da rede social Orkut. Mas a questão é, será que patologicamente não existe mesmo uma dor resultante dos problemas relacionados a esse sentimento tão intenso que é o amor?
Segundo a médica e diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, Fabíola Peixoto Minson, dor de amor existe. “O sentimento de tristeza profunda gera dor física, que leva ao sofrimento psicológico. Este, por sua vez leva a dor em um círculo vicioso”. A médica ainda alerta para o fato de que é preciso considerar a dor como algo extremamente importante, “já que ela é a causa e não um sintoma de um problema”, disse.
Para a psicóloga Sofia Morais, a dor também é considerada como uma patologia, e como toda doença é possível de ser tratada. “Compartilhar as experiências vividas com outras pessoas, mesmo que seja virtualmente, é uma ótima maneira de organizar os pensamentos e, consequentemente, as dúvidas e conflitos que a pessoa traz dentro de si”, afirmou.
Já a terapeuta Thais Accioly propõe outra solução. “O amor em si não dói, é cura e equilibra. O que causa dor é o final de um relacionamento ou a não realização de um sonho, ou ainda, o orgulho ferido e a decepção, portanto, na causa está a própria cura. É através do amor que podemos curar essa dor”, disse.

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