terça-feira, 8 de julho de 2008

SACODE

Na pista domina a diversidade. Não nas raves, com a música eletrônica que sacode tudo, mas não muda o mundo. Não faz pensar. Não revoluciona. Fora isso, em qualquer lugar onde exista ‘pista + palco’ existe também um “samba do criolo doido” musical, na mais pura falta de sentido.

Sim, acredito, um sambinha sempre cai bem. Aquele samba gostoso, que te solta e você nem sente que a panturrilha está nas últimas. Samba toca. Muito. E axé, anos 80, pop, rap, funk, rock, MPB, dance music. Não entendo tanto assim de música, mas, vamos lá.

Conheço alguns repertórios de cor. Já imagino o som que vou encontrar na night. Há alguns anos, as 80’s eram um achado. A nostalgia subia a espinha e arrepiava minhas sobrancelhas ao som do Balão Mágico, Ultraje a Rigor. Muuuuitas baladas depois, percebo que essas músicas devem ficar lá, nos anos 80. Ou nas festas trash da vida. Senão perde a graça. Que dêem lugar a novas batidas!

O funk sempre me surpreende. Não pelo som que, quanto toca, ninguém fica parado, mas pela falta de novidades. É sempre o mesmo apelo, a mesma baixaria. Eu adoro o batidão, mas baixaria é lamentável.

Ah, os passinhos! Hoje quase não vejo isso nas baladas, deixaram saudades. Lembro de correr da pista para a enorme escadaria da Kool Ibiza, quando morei em Nikiti, para dançar “Step by Step”, do NKOTB como no clip. Pode? Podia. Até que veio a Macarena, É o Tchan, a banda Rouge (você sabia dançar Ragatanga, fala a verdade!). Bebi todas numa festa de confraternização da minha empresa porque percebi que não me lembrava mais dos passos das músicas das Paquitas. Pode essa também?

Com tanto lixo musical por aí, o melhor é seguir na boa a dica de Lulu Santos: “Dance bem, dance mal, dance sem parar”. Até sem saber dançar.
Viv

Um comentário:

Anônimo disse...

E por falar em dançar...me lembra os tempos dos bailes. Pra mim, dança tem um sentido todo libidinoso. Recorda-me uma amiga que foi à África e me confidenciou que as danças lá são todas muito sensuais. Mas ela é uma neófita...confidência por confidência, revelei-lhe que na minha juventude dançar era sinônimo de gozar, na acepção erótica do termo. Vejam só, é preciso ser muito fresco pra não levantar a saúde, quando uma danadinha cheirosa e muito vistosa se encosta na gente, né não? O que eu gozei em baile...meu Deus! Fico admirado como é que algumas danças modernas afastaram os corpos...um absurdo!