segunda-feira, 14 de julho de 2008

ROCK`N`ROLL

Julho é o mês do rock!
Para celebrar, aí vão as cinco melhores músicas do Rock:

1) "BLACK SABBATH" - Black Sabbath (do disco Black Sabbath, de 1970)"Nem é preciso comentar que esta música é o 'marco zero' daquilo que ficou mundialmente conhecido como 'heavy metal'. Até então, ninguém havia tocado de uma maneira tão assustadora, tenebrosa e, ao mesmo tempo tão impactante quanto o guitarrista Tony Iommi. Quando ouvi esta música pela primeira vez, em 1970, com dez anos de idade, tive que dormir por uma semana com a luz do quarto acesa, tamanho era o pavor (saboroso, confesso) que a canção incutia em mim. E podem ter certeza: isso aconteceu com muita gente".

2) "DOWN, DOWN" – Status Quo (do disco On the Level, de 1974)"Esta ótima banda inglesa se especializou em elevar o rock and roll básico criado por Chuck Berry a um patamar inacreditável em termos de peso e energia. O ápice dessa fórmula infalível está justamente nesta canção, tão vigorosa e contagiante, que é capaz de transformar um escoteiro em um lobisomem. Os acordes com elementos quase psicodélicos da introdução antecedem a um dos riffs mais sensacionais de todos os tempos. Desafio qualquer um a ouvir esta música pela primeira sem passar os quinze dias subseqüentes cantarolando o refrão 'Get down deeper and down/Down down deeper and down/Down down deeper and down/Get down deeper and down'".

3) "ELEANOR RIGBY" – Beatles (do disco Revolver, de 1966)"Não deixa de ser curioso verificar que a melhor canção dos Beatles não tem nenhum de seus integrantes tocando qualquer instrumento. Uma estupenda ode ao lamento depressivo que muitas vezes acompanha a solidão, a música traz um octeto de cordas executando um arranjo impecável, repleto de contrapontos, tão sublimes que seria capaz de fazer um sanguinário ditador africano chegar às lágrimas de emoção".

4) "KASHMIR"– Led Zeppelin (do disco Physical Graffiti, de 1975)"De todas as canções elaboradas pelo lendário grupo de Jimmy Page, esta é aquela que melhor representa todas as habilidades que cada integrante podia oferecer. A união perfeita entre a agressividade das guitarras e da bateria com a atmosfera oriental criou uma espécie de painel sonoro épico, capaz de transportar o ouvinte a um mundo repleto de mistérios. Que 'Stairway to Heaven', que nada! O verdadeiro clássico do Led Zeppelin é este aqui!"

5) "REBEL REBEL" – David Bowie (do disco Diamond Dogs, de 1974)"Esta espetacular canção marcou o adeus de Bowie em relação ao glam rock que o notabilizou na primeira metade dos anos 70. Com um riff de guitarra antológico e de uma simplicidade quase sobrenatural – tocado pelo próprio cantor -, a música era mais um manifesto a favor da ambigüidade sexual (evidente em sua letra), mas que apontava embora de maneira bastante 'roqueira'' - a nova direção que Bowie seguiria a partir de então: as pistas de dança".


E as cinco piores:
:-P

1) "LAS PALABRAS DE AMOR" - Queen (do disco Hot Space, de 1982)"Como disse o Coronel Kurtz em Apocalyse Now, 'o horror, o horror'... Ainda hoje, é inexplicável como um ótimo grupo como o Queen foi capaz de cometer tamanha barbaridade, uma das canções mais estúpidas e cretinas já gravadas na face da Terra desde que um homem das cavernas começou a batucar com um pedaço de osso. Como se não bastasse a letra ridícula e pseudoromântica, os caras ainda colocaram como moldura sonora uma melodia mais fraca que café de orfanato. 'O horror, o horror'..."

2) "THE FINAL COUNTDOWN" - Europe (do disco The Final Countdown, de 1987)"O teclado no início desta aberração já significava que boa coisa não poderia surgir. Dito e feito: o que se ouve a seguir é uma dos mais canhestros exemplos de como o rock havia virado uma coisa tão perigosa quanto um ataque de joaninhas. Vocais afetados, letra primária e um riff que tentava injetar um acento épico fizeram deste troço um daqueles momentos de ojeriza coletiva, que eu um novo sentido ao termo 'patético'. Ainda bem que o grunge surgiu e varreu para a lata do lixo bandas como esta".

3) "OB-LA-DI, OB-LA-DA" - Beatles (do disco White Album, de 1968)"Sim, até mesmo eles tiveram o seu momento de fraqueza - e bota fraqueza nisso! Não se sabe o que os Beatles tentaram fazer aqui - um ska com cara de reggae ou o contrário -, mas é certo que esta canção é constrangedora até a medula. O engraçado é que muita gente que não manja nada a respeito de música acha que tal aberração é sinônimo de alegria, chegando inclusive ao ato terrorista de cantá-la em público. Credo!"

4) "HOT DOG" - Led Zeppelin (do disco In Through the Outdoor, de 1979)"Das duas, uma: ou a banda resolveu tirar um sarro das caras dos fãs ou todo mundo ali passou muito tempo fumando maconha e assistindo filmes de faroeste na TV. Porque não é possível crer que um grupo como o Led Zeppelin tenha feito esta espécie de 'tema para um bangue-bangue de circo de interior'. Sem a menor noção do que é um country, o quarteto tratou de avacalhar a si próprio, como se estivesse colocando em prática uma estratégia interessante e eficiente: provocar ataques de vômitos em seus fãs. Ouvir 'Hot Dog' é tão saboroso quanto ingerir um milk shake de sardinha".

5) "FOLLOW YOU, FOLLOW ME" - Genesis (do disco And Then There Were Three, de 1978)"A saída de Peter Gabriel já tinha sido uma facada no peito da qualidade musical da banda, que até conseguiu assimilar o golpe com dois discos bem legais - A Trick of the Tail e Wind & Wuthering, já apresentando uma pegada mais pop. Só que o ávido desejo por dinheiro a qualquer custo fez com que Phil Collins assumisse as rédeas da banda e impusesse sua veia mais comercial, exemplificada neste verdadeiro 'samba-do-crioulo-doido'. Esta canção tem 100% de aproveitamento zero: tudo é péssimo. Do arranjo aos timbres dos instrumentos, da letra medíocre ao ritmo tão suingado quanto o andar de uma gaivota atropelada, nada funcionou aqui".

2 comentários:

Anônimo disse...

Beatles estarão sempre entre os melhores. Daqui a 300 anos serão admirados, um pouco mais do que os da época, no setor rock. Mas será possível que, depois de tanto avanço tecnológico, tantas facilidades para o estudo da música, tantos recursos inovadores no campo da harmonia, os Beatles continuam superando a maioria? Por que será, hein? INSPIRAÇÃO. Taí a palavra. Cês num quiria saber? INSPIRAÇÃO. Por que ninguém supera BACH na música erudita? Num ria não! A analogia é bem a propósito. Mas alguém harará de altercar: E os Pink Floyd? (Tô falando neles porque sou arriado os cem pneus). E eu hararia de responder: É outro universo...apesar de rock; mas rock progressivo. Mas rock, sem ser progressivo, BEATLES, BEATLES, BEATLES X infinito. Quatro sujeitos cheios da graça divina. Um som eterno. Pode quem quiser morrer de tomar droga, ficar nu no palco, tocar fogo na guitarra, casar dez vezes no ano, adorar o diabo e pensar que está fazendo música. INSPIRAÇÃO...só isso!

Anônimo disse...

Maldade... Obi-la-di, obi-la-da é bacana...