quarta-feira, 17 de junho de 2009

USO ERRADO DE FARÓIS É GRANDE PRAGA DO ASFALTO BRASILEIRO

Uma revista especializada de Lisboa fez reportagem de capa mostrando que a maior praga do asfalto português é o uso errado dos faróis de neblina, ou de milha, ou auxiliares.

Essa também é a grande praga do asfalto brasileiro. Trata-se de um tipo de farol que não serve para ver, mas apenas para ser visto. Para identificar que há um veículo trafegando dentro de densa neblina. Ele não tem luz baixa. Tem apenas um facho, feito para ofuscar, para identificar o carro na neblina e acende um filamento a mais nas lanternas traseiras, para alertar quem vem atrás.

Se usado sem neblina, ofusca até quem estiver numa janela do sexto andar. Ofusca quem vai a frente, quem vem sentido contrário e quem vem atrás. É uma praga. Quem liga esses faróis sem neblina, certamente não faz de propósito para ofuscar os outros. O faz apenas por ignorância.

Cabe multa por usar luz alta. Mas, como conclui o comandante Celso Franco, uma das maiores autoridades no assunto, é uma infração que só pode ser flagrada com controle fotográfico, de pardal, porque o custo operacional de um fiscal se movimentar é impraticável.

O básico é o uso do farol baixo, que tem duas funções: permitir que o motorista veja; e permitir que o carro do motorista seja visto. Por isso se usa farol baixo de dia na chuva e ao amanhecer e ao anoitecer, quando o sol está no horizonte e prejudica a visão.

Quem está com farol apagado, vira fantasma, não é visto pelos outros. Por fim, luz de posição ou lanterna serve para sinalizar carro parado; não carro andando. Carro andando é sinalizado pelos faróis.

Um carro não é um secador de cabelo ou um barbeador, que apenas se liga na tomada. É preciso aprender tudo sobre ele, lendo o manual e o código de trânsito. Sem isso, vira arma, que no Brasil mata mais de 200 por dia.
Alexandre Garcia

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