segunda-feira, 1 de junho de 2009

FICARÁ GABRIELA NA NOSSA MEMÓRIA?

O delegado diz que o tiro não foi acidental. Na Rio Claro do doutor Ulysses, a crueldade foi tal que Gabriela recebeu um tiro na cabeça na frente de sua irmã gêmea, porque a babá não quis desligar o alarme da casa. Uma menina de 8 anos foi executada com frieza.

A polícia diz que foi um menor de 17, que já havia sido detido em janeiro com arma na mão e depois solto, e outro jovem de 20 anos, os dois com passagens na polícia por porte de arma, furto e tráfico de drogas.

Gabriela vai continuar a viver em outros corpos, por doação de órgãos. Não sei se vai continuar a viver na nossa curta memória por onde já passaram tantas crianças assassinadas de forma cruel, como João Hélio, arrastado no Rio de Janeiro, no país de 50 mil homicídios por ano - 137 por dia.

Serão 137 assassinados hoje? Quantas crianças? Ficará Gabriela na nossa memória? Ou apagamos e vamos permitindo que a selvageria nos faça cada vez mais reféns da violência neste Brasil que se diz país pacífico?
Alexandre Garcia

Um comentário:

saulo bittencourt disse...

Tem alguma coisa errada aí, né não? É preciso que todos pensem, reflitam, dialoguem, discutam, debatam. Como nunca, a sociedade precisa encontrar uma saída para essas situações. Algo que, se não resolva, minimize. Estamos na época da tecnologia avançada, do tecnicismo, do conforto, de um conjunto de atividades científicas apontadas para a melhoria de vida do ser humano. Outrora, em séculos passados, a selvageria era algo consentâneo. Era uma das formas de sobrevivência da espécie. Hoje, depois de tanto que se trabalhou para que esses meios se dissipassem, é inadmissível que episódios dessa estirpe venham a ocorrer. E se ocorrem é porque está faltando um elo nessa engrenagem. E o que porra que é? Digueaí!