terça-feira, 6 de maio de 2008

PEQUENO TEXTO SOBRE O PERDÃO

"O perdão é uma necessidade absoluta para a continuidade da existência humana”. A frase do Bispo da Igreja Anglicana sul-africana, Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, nos oferece a importância do perdão para a boa convivência entre os seres humanos.

A citação, acima, está inserida no sentido macro do ato de perdoar. O Bispo Tutu preocupa-se com toda humanidade partindo de sua experiência antiapartheid, demonstrando, assim, a largueza do seu gesto, uma vez que ele próprio nasceu negro em um país que praticou a segregação racial até bem pouco tempo.

As religiões judaico-cristãs pregam o perdão e uma das atitudes mais significativa nesse sentido foi o perdão do Papa João Paulo II àquele que tentou assassiná-lo. Um ato de amor e grandeza espiritual.

Da visão macro à minha visão. Em mim os ódios não frutificam. As raivas, sim. E as exponho. Já guardei umas mágoas, que me fizeram muito mal. Porém sempre busquei a libertação desses sentimentos. Não por ser superior ao outro. Mas pela minha própria paz de espírito.

Fui muitas vezes magoada e, por certo, também magoei. A impressão que tenho é que a minha dor é maior; de que eu não merecia aquele tratamento, pois sou uma pessoa conciliadora e afável. Ainda assim, eu busco o perdão.

Se quem me feriu, foi por mim amado, é questão do tempo o perdão. Refiro-me às relações mais próximas, aquelas entre familiares, amigos e amores.

Eu trabalho esse perdão e procuro alforriar a mágoa em meu peito. Na maioria das vezes consigo, ainda que nem sempre seja fácil.

O perdão é o amor em exercício. O amor no sentido maior. Quando eu perdôo, estou praticando o amor, embora esse ato não signifique passar uma esponja no que ocorreu. Não trato aqui do perdão Divino, portanto, algumas vezes, não conseguimos conviver da mesma forma com quem nos feriu.

Nesse campo das emoções humanas, uma das formas mais difíceis do ato de perdoar é a prática do autoperdão. Para que eu me perdoe, preciso aceitar que errei. Assumir minha falha e entender que é essa falibilidade que me faz humana.

Se feri, conscientemente, ou não, peço perdão. Reconheço meus limites e espero. Reflito que talvez seja mais difícil pedir para ser perdoado, pois o orgulho fala mais alto, todavia, não custa exercitar e começar aceitando o erro para em seguida se dirigir ao outro, em um ato de humildade.

Quanto ao auto-perdão, que é diferente da indulgência, pratico-o todos os dias quando me reconheço menor que Deus e sinto que a misericórdia Dele é maior do que tudo que conheço.

Não almejo o púlpito ou a santidade. Estou longe de ser santa. Trato apenas da experiência de vida e de uma leitura um pouco mais ampla da difícil arte de viver. Já tomo os meus venenos diários, portanto, dispenso o rancor e me liberto através do perdão.

Ah, é importante dizer que não sou Madre Tereza, nem Irmã Paula, portanto, não batam muitas vezes. Não oferecerei a outra face muitas vezes.
Evelyne Furtado

3 comentários:

Anônimo disse...

Nós somos filhos do perdão; mas não somos adeptos do mesmo. Quem no lugar de Deus já não teria destruído o mundo de vez? Porque, sóaquipranói, o que é que está faltando de iniqüidade na imaginação humana? Já está passando do limite; o ser humano está desafiando as mentes mais fantasiosas do mundo da literatura. Agora, como nunca, acredito que Deus é perdão. Porque, se não fosse, muita gente seria pulverizada antes de perpetrar absurdos inaceitáveis para os comuns mortais. Dá medo, dá não?

Unknown disse...

Vamos perdoar Ronaldo o Fenômeno, afinal o sentimento que tinhamos por ele era um misto de orgulho e inveja, pelo simple fato dele não ser uma pessoa normal. Saido da favela, tornou-se o Fenômeno, com 30 anos ja tinha U$ 100.000.000,00 (isso mesmo, cem milhoes de DOLARES) na conta corrente e uam lista interminavel de beldades etetéias que passaram por ele, como: Carolina Bitencourt, Cicarelli, Raica ... Acredito que apos a nação dar o devido perdão ao nosso atacante de joelhos operados, por uma loucura que ele fez de madrugada depois de tomar todas, ele se sentirá mais normal, afinal quem nunca aprontou bebaço na madruga???

Anônimo disse...

Eu não vejo porque tanta celeuma em torno desse pequeno deslize de Ronaldinho. O que me causa espécie é o fato de um cidadão tão rico, e numa cidade tão bem servida de mulheres bonitas, cometer a infantilidade de convidar pessoas estranhas para uma bacanal. Um camarada com as posses do "fenômeno" bem poderia contratar uma beldade em uma agência bem qualificada, pelo preço que quisesse; instalar-se em um hotel cinco estrelas e tava tudo resolvido. Né não? Tanto dinheiro!...O mais é glamour da mídia...vamos deixar de frescura que todo homem, conforme suas possibilidades, gosta de dar uma unzinha diferente, né não? Ah! ia sisquecendo...o carinha não consegue distinguir um travesti de uma mulher?...Chiii!!! que ele vai mal das pernas, né não? Tanto dinheiro!...diz que no exame não acusou nem álcool no sangue do suplicante...Chiii!!! Deixa pra lá que o carinha já fez muito puragente, foi não?